quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Cuba exige mais uma vez fim do bloqueio


Apresentado relatório à ONU. Será votado na Assembleia Geral em 28 de outubro próximo

Olga Díaz Ruiz
Havana. 17 de Setembro de 2009


Cuba exige mais uma vez fim do bloqueio• O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez Parrilla, divulgou os principais pontos do relatório apresentado na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, sob o título Necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América a Cuba, tema sobre o qual o organismo internacional se pronunciará pela décima oitava vez consecutiva.

O texto ganha mais importância, pois na segunda-feira passada, ao prorrogar a lei usada para impor o bloqueio, o presidente Obama não modificou as resoluções dessa política genocida com a Ilha, que até hoje ocasionou perdas no valor de US$96 bilhões.

No documento se expõe a situação da economia nacional desde a moção anterior até a atual, período em que o setor dos transportes registrou prejuízos acima de US$357.80 milhões, no agroalimentar de US$121.8 milhões, na saúde de US$25 milhões, e na educação de US$3,8 milhões.

A indústria turística, uma das principais fontes de desenvolvimento do país, perdeu aproximadamente US$1.21 bilhão, apontou o ministro das Relações Exteriores em sua intervenção.

"A Revolução cubana continua firme, acrescentou Rodríguez, apesar desse cerco estadunidense, da crise financeira internacional, do impacto da mudança climática e de outros fatores."

A votação da resolução cubana contra o bloqueio na Assembleia Geral da ONU será em 28 de outubro próximo. No ano passado, o programa apresentado pela Ilha foi aprovado por 185 nações e reprovado por três. •

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Despejo e destruição em acampamento do MST. Caucaia-Ceará.


Nesta sexta feira 18 de setembro o MST sofreu um ato de extrema violência do judiciário e Polícia Militar do Ceará.

Foi concedida ordem liminar de reintegração de posse contra as famílias acampadas na fazenda improdutiva Cararu, município de Caucaia, Ceará.

Por volta das 10h um oficial de justiça, acompanhado de seis policiais, foi cumprir a ordem de reintegração. As famílias sem terra pediram um prazo e a intermediação do INCRA, mas nada foi concedido. A partir daí teve início o terror: agressões verbais, ameaças, xingamentos e destruição das dezenas de barracas de lona. O oficial de justiça ameaçou prender um militante do MST, porém, com a intermediação dos advogados que assessoram o Movimento a situação foi revertida.

Os policiais colocaram os bens das famílias num caminhão cedido pelo proprietário e pretendiam despejá-las às margens da BR 222.

Por volta das 15h, a arbitrariedade foi suspensa com a intervenção do Comando da PM no Ceará desautorizando os policiais de continuarem o despejo.

A situação das famílias é extremamente precária e tensa. O MST aguarda uma audiência com INCRA na segunda-feira para tratar da desapropriação do imóvel.O movimento irá cobrar a responsabilização dos autores de toda a ilegalidade cometida.


Cláudio
Advogado - Rede Nacional de Advogados/as Populares
Setor de Direitos Humanos - MST